Pedro Chaves Baia Junior, Liliane Lourdes Evangelista Costa, Diva Anelie De Araújo Guimarães
Criatórios comerciais de animais silvestres na Amazônia: o ponto de vista dos produtores rurais de Abaetetuba, PA
Helder Lima De Queiroz, Maurício Camargo, Alexandre Hercos, Rose Chaves, Marcela Barcelos
Índices indiretos de abundância na construção de planos de manejo de peixes ornamentais nas reservas Mamirauá e Amanã
Jorge Eduardo León Sarmiento
Modelo con herramientas de los sistemas de información geográfica para el manejo de fauna asociada a paisajes rurales en los andes nororientales de Colombia
Kelly Bonach, Carolina Peixto Ferreira, Gláucia Pereira De Sousa, Marcos Da Silva Cunha, Pascal Gombauld, Pedro Carlos De Oliveira Júnior, Ricardo Motta Pires
Potencialidades de manejo de fauna na zona da fronteira Brasil-Guiana Francesa
Nancy Vargas Tovar
Potencialidades y limitantes en el manejo colectivo de la fauna Andina en Colombia
Vincent Kurt Lo, Carlos Yamashita, Rosana F. Ladeia, Jury Patrícia M. Seino
Repatriação, soltura e monitoramento de aves silvestres pelo IBAMA/SP
Karina Isabel De Souza Marques, Eduardo Gomes De Moraes Bastos, Alexandre Fernandes Bamberg De Araujo, Hélio Ricardo Da Silva
A radiotelemetria como ferramenta auxiliar no manejo de Crotalus durissus (Serpente, Viperidae), invasora no estado do Rio de Janeiro
James Aparicio E., Jehan N. Ríos
Agua por conservación: una nueva iniciativa para la implementación de un plan de manejo para la conservación del yacare del Chaco (Caiman Latirostris) en el departamento de Tarija, Bolivia
Érika Fernandes Pinto, Nicholas Allain Saraiva
Fauna silvestre associada a buritizais – etnoecologia e conservação em uma região do semi-árido Maranhense
Divisão Técnica De Medicina Veterinária E Manejo Da Fauna Silvestre-depave-3/svma/pmsp
Projeto de reintrodução de Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940)
Flavio Nicolás Moschione
Proyecto Calas: un modelo de manejo adaptativo para contribuir a la conservación de especies de psitácidos considerados perjudiciales para la agricultura en la Argentina
Pedro Chaves Baia Junior, Liliane Lourdes Evangelista Costa, Diva Anelie De Araújo Guimarães
Criatórios comerciais de animais silvestres na Amazônia: o ponto de vista dos produtores rurais de Abaetetuba, PA
Resumo:
Desde o ano 1967, quando foi promulgada a Lei de Proteção à Fauna (5.197/67), a comercialização de espécimes da fauna brasileira e de seus subprodutos só é permitida se forem originadas de criatórios legalizados. Contudo, observa-se que apesar das restrições legais o comércio ilegal continua expressivo e o número de criatórios insuficientes para a demanda de consumo. Assim, este trabalho teve o objetivo de investigar os fatores considerados favoráveis e os desfavoráveis pelos produtores rurais de Abaetetuba, PA para implantação de criatórios de animais silvestres visando à diversificação da produção e alternativas de renda. Para tanto foi realizada uma entrevista com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e coletadas opiniões de 60 produtores rurais do município antes e após a realização de palestras sobre a criação de animais silvestre no Brasil, as quais ocorreram no segundo semestre de 2005. Os produtores rurais afirmaram que a criação de animais silvestres é uma proposta viável, já praticada de forma rudimentar por muitos, de grande importância para a proteção e restabelecimento das populações naturais, além de contribuir para a geração de renda nas comunidades. Contudo, consideraram que há uma série de fatores que dificultam a implantação de criatório nesta região. A inexistência de orientação técnica especializada foi considerada o principal obstáculo à elaboração de um programa de criação de animais silvestres. A legislação sobre a criação de animais silvestres foi entendida por alguns produtores rurais como obstáculo que inviabiliza a implementação de programas desta natureza. O alto custo financeiro de implantação do criatório, tanto em relação à estruturação como o fornecimento de alimentos foram os fatores desfavoráveis ao sucesso da produção. Estas observações demonstram que as causas relacionadas ao insucesso e a real contribuição da criação de animais silvestres para o uso sustentável dos recursos naturais estão diretamente ligadas a falhas nas organizações nacionais, tanto no ensino e na extensão, pela falta de formação e de profissionais qualificados no mercado, como na pesquisa por ter pouca prioridade, assim como no controle e na fiscalização das ações relacionadas ao meio ambiente.
Helder Lima De Queiroz, Maurício Camargo, Alexandre Hercos, Rose Chaves, Marcela Barcelos
Índices indiretos de abundância na construção de planos de manejo de peixes ornamentais nas reservas Mamirauá e Amanã
Resumo:
A construção de planos de manejo é um dos pré-requisitos para a implementação de sistemas de manejo sustentável que orientam o uso adequado, o desenvolvimento comunitário sustentável e a conservação da biodiversidade em Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS´s) como no caso das Reservas Mamirauá e Amanã, no Estado do Amazonas, Brasil.
Desde 2002 têm sido realizados estudos visando o conhecimento das potencialidades da ictiofauna local para suportar uma exploração em níveis sustentáveis de espécies ornamentais. Em Mamirauá e Amanã são reconhecidas hoje mais de 70 espécies com potencial ornamental, mas nem todas elas têm sua exploração oficialmente autorizada pelo IBAMA. Um projeto foi implantado, a pedido das comunidades locais, para estudar a viabilidade da exploração local de peixes ornamentais. Tal projeto está avaliando as espécies ornamentaisl, e construindo um sistema para tomada de decisões buscando selecionar aquelas espécies que podem efetivamente ser alvo da exploração racional pelas comunidades locais e suas associações de pescadores.
Este sistema de seleção das espécies é baseado em três principais conjuntos de critérios: os biológicos, os legais e os mercadológicos. Dentre os critérios biológicos, estão aqueles relevantes para a construção dos planos de manejo, para responder 3 perguntas. (a) Se as espécies ocorrem em abundâncias suficientes para suportar uma taxa constante de retiradas sem que os processos ecológicos sejam afetados, (b) se elas possuem uma resiliência baseada em recrutamento natural, e (c) se esta retirada pode causar impactos negativos sobre outros componentes da biota local.
O principal índice escolhido para esta avaliação foi o de Captura por Unidade de Esforço (CPUE), selecionado por sua fácil construção, replicação e comparabilidade (espacial e temporal). Foi evidenciada uma grande flutuação sazonal nas abundâncias relativas, refletindo as grandes alterações abióticas pelas quais a várzea e os igapós amazônicos atravessam todos os anos.
Jorge Eduardo León Sarmiento
Modelo con herramientas de los sistemas de información geográfica para el manejo de fauna asociada a paisajes rurales en los andes nororientales de Colombia
Resumen:
El objetivo de este proyecto fue el diseño de un modelo con herramientas de los sistemas de información geográfica (SIG) capaz de incorporar información de tres tipos sobre 1.la estructura de los elementos del paisaje y su cambio en un gradiente espacial, 2.datos de abundancias relativas tomadas en campo e historias de vida de cuatro especies de aves y seis de mamíferos asociadas a diferentes paisajes rurales y 3. las presiones humanas asociadas a las actividades de cacería para obtener, tras el modelamiento mediante el método de ponderación de variables y espacialización de los indicadores de presión humana y características de la estructura del paisaje, información para la toma de decisiones en los procesos de manejo de fauna y ordenamiento de cacería en paisajes rurales de los andes orientales de Colombia en función de los “hotspots” de escala regional identificados con el modelo y el grado de amenaza o presión antrópica que enfrentan estos lugares. Aunque el modelo se encuentra actualmente en fase de validación en campo los primeros resultados mas significativos son los aportes de información para los procesos sociales y políticos futuros sobre las actividades de caza y la identificación de zonas de interés prioritario para la conservación según los diversos subgrupos de especies y los arreglos del paisaje aparentemente preferidos por estas.
Kelly Bonach, Carolina Peixto Ferreira, Gláucia Pereira De Sousa, Marcos Da Silva Cunha, Pascal Gombauld, Pedro Carlos De Oliveira Júnior, Ricardo Motta Pires
Potencialidades de manejo de fauna na zona da fronteira Brasil-Guiana Francesa
Resumo:
O Parque Nacional do Cabo Orange (PNCO) é uma unidade de conservação brasileira localizada no extremo norte do Brasil, na fronteira com a Guiana Francesa, tendo como divisor o rio Oiapoque. Sua rica biodiversidade faunística espalha-se por formações vegetais variadas, como Manguezal, Restinga, Campos Periodicamente Inundados, Floresta de Várzea, Floresta Ombrófila Aberta e Cerrado. A pequena ocupação humana no Parque favorece a manutenção de habitats praticamente intocáveis e espécies raras, como as duas espécies de peixe-boi (Trichechus inunguis e Trichechus manatus) e o flamingo (Phoenicopterus ruber). Na foz do rio Oiapoque, o PNCO comunga a biodiversidade com o Parc Naturel Régional de la Guyane (PNRG), uma unidade de conservação francesa. Essa proximidade geográfica e a similaridade de problemas envolvendo a fauna, como a caça e o tráfico, levaram os dois Parques a vislumbrarem a realização de ações conjuntas. O presente trabalho teve por objetivo estabelecer um programa de cooperação entre o PNCO e o PNRG, visando pesquisa, manejo e proteção dos recursos faunísticos na área comum de fronteira. As articulações políticas deste programa iniciaram-se em 2005. Em 2006, desenvolveram-se discussões técnicas em Oiapoque/Brasil e em Cayenne/Guiana Francesa para o estabelecimento de suas linhas de ação. Como resultados, definiu-se que o programa terá duração de 2006 a 2013 e será intitulado “Programa de Gestão Integrada Transfronteiriça da Zona Estuarina do Rio Oiapoque/Cooperação Brasil-França (Oiapoque Natureza - OYANA)”. As linhas de ação contemplarão o estudo e o manejo de espécies da herpetofauna, mastofauna e avifauna, voltados à recuperação de populações ameaçadas (ênfase aos quelônios, peixes-boi e psitacídeos) e ao uso sustentável de determinadas espécies (ênfase aos quelônios e crocodilianos), em sistemas ex situ, para as populações humanas do entorno do PNCO e interior do PNRG. Dentro de cada linha de ação, poderão ser propostos projetos a serem examinados pelos Parques. A busca de subsídios para os trabalhos será feita pelo proponente com a assistência dos PNCO e PNRG. A estruturação destes projetos possibilitará uma gestão compartilhada da fauna na fronteira e a formação de um mosaico de unidades de conservação binacionais, aumentando o potencial de manutenção e utilização sustentável dos recursos naturais.
Nancy Vargas Tovar
Potencialidades y limitantes en el manejo colectivo de la fauna Andina en Colombia
Resumen:
El objetivo de este trabajo es presentar el análisis de diferentes aspectos culturales, biológicos, institucionales y legales, alrededor de especies como el báquiro (Pecari tajacu), venado soche (Mazama rufina), tinajo aguatero (Cuniculus paca), tinajo peñero (Cuniculus taczanowskii), picur (Dasyprocta punctata), gualilo (Aburria aburri), pava (Penelope montagnii), guacharaca (Ortalis motmot), torcaza (Columba fasciata), en un sector del departamento de Santander. Se presenta un análisis para cada especie que revela que la cacería es una actividad que se hace por deporte y control de los animales en áreas de cultivo, ligada a algunos elementos de la cultura santandereana tradicional, como la reafirmación de la condición patriarcal, los resultados de las abundancias relativas de las especies en bosques andinos revelan abundancias bajas especialmente para el báquiro y el venado soche; el análisis también refleja las principales debilidades en los mecanismos de control, principalmente por los altos costos y por el desconocimiento que se tiene de la reglamentación. Se proponen tres categorías de manejo a partir de las cuales se hacen recomendaciones como: la inclusión en listas de especies amenazadas de carácter regional, la veda en períodos de tiempo de algunas de las especies y la gestión de reservas de caza. Se concluye que las principales limitaciones para el manejo de fauna andina están relacionadas con la rigidez de la normatividad, la inoperancia de los mecanismos diseñados desde el estado para involucrar a las comunidades en la elaboración de estrategias de manejo, la desinformación, la poca participación y el desinterés institucional; las principales oportunidades se dan alrededor de la modificación normativa, la utilización de mecanismos de participación vigentes que no han sido utilizados, la implementación de figuras de ordenamiento como las reservas de caza, y el control social que podrían reducir el impacto del incumplimiento de las normas de control ineficientes.
Vincent Kurt Lo, Carlos Yamashita, Rosana F. Ladeia, Jury Patrícia M. Seino
Repatriação, soltura e monitoramento de aves silvestres pelo IBAMA/SP
Resumo:
A destruição de habitats é certamente a principal ameaça à fauna silvestre. Entretanto, outros fatores como a introdução de espécies exóticas, a poluição, a caça e a captura também exercem fortes pressões sobre as populações nativas, mesmo com a presença de ambientes disponíveis. Com cerca de 30.000 animais silvestres apreendidos no estado de São Paulo em 2005, o tráfico ilícito da fauna brasileira ainda demonstra estar bem ativo. O retorno destes animais à natureza é um processo às vezes complexo, que requer cuidados, mas possível e desejável. Também é priorizada pela legislação, como preconiza o Decreto Federal n. 3.179/99, artigo 2º, parágrafo 6º.
Neste sentido, o Núcleo de Fauna da Superintendência do IBAMA/SP tem como objetivo contribuir para a conservação de aves silvestres através do desenvolvimento e aplicação de protocolos para solturas responsáveis de aves silvestres, com a finalidade de recomposição de populações, geração de conhecimento e de experiências, e fomento à proteção de áreas e à educação ambiental.
A criação de áreas de soltura e a repatriação são ferramentas para a soltura. Existem atualmente dez áreas de soltura cadastradas e homologadas pelo IBAMA no estado de São Paulo, que atenderam a protocolos como proteção, levantamento faunístico e florístico, educação ambiental, revegetação/enriquecimento florístico, assessoria técnica especializada, protocolos sanitários, estruturação de viveiros, ambientação, marcação e monitoramento. Algumas espécies ameaçadas também tem sido agrupadas e reabilitadas com essa finalidade, utilizando-se o “soft release”, e critérios pré e pós soltura. Trabalhos de repatriação, com soltura e monitoramento tem sido apoiados e realizados para as regiões nordeste (BA) e centro-oeste (MS), em áreas de soltura destas regiões, procurando-se também seguir protocolos criteriosos. Mais de 600 aves já foram repatriadas. Trabalhos de monitoramento, apesar de incipientes, tem demonstrado resultados positivos para o efetivo estabelecimento de populações.
Karina Isabel De Souza Marques, Eduardo Gomes De Moraes Bastos, Alexandre Fernandes Bamberg De Araujo, Hélio Ricardo Da Silva
A radiotelemetria como ferramenta auxiliar no manejo de Crotalus durissus (Serpente, Viperidae), invasora no estado do Rio de Janeiro
Resumo:
Habitante do cerrado e da caatinga, a cascavel (Crotalus durissus) invadiu áreas abertas (pastos e plantios) do sul do estado do Rio de Janeiro (vale do rio Paraíba do Sul), onde a Mata Atlântica foi removida. Na situação especial de invasão deste bioma, a escolha de hábitats pela cascavel é um tema importante para o controle e manejo das populações dessa serpente. No Brasil, a ocorrência de acidentes com Crotalus durissus está fortemente associada aos hábitats modificados, como plantios, pastos e pomares. A técnica de radiotelemetria é utilizada em serpentes desde a década de 1970 e atualmente é bastante empregada em animais de hábitos discretos como o caso das serpentes. Em um estudo das cascavéis do vale do Paraíba do Sul, os autores mostraram que a técnica de radiotelemetria é eficaz para o monitoramento da serpente no campo. O estudo abrangeu aspectos etológicos, de atividade, área de vida e uso de hábitat das cascavéis. O radiotransmissor tinha aproximadamente 3,5cm X 1,3cm X 0,7cm e pesava 6,8g, foi colocado na cavidade celomática da serpente e a antena inserida entre a musculatura e a pele. É recomendável que os rádios sejam implantados em serpentes medindo mais que 50cm de comprimento. O alcance dos sinais emitidos pelos transmissores foi de cerca de 500 metros em linha reta em lugar plano, podendo diminuir com uma barreira entre o radioreceptor e o radiotransmissor ou desníveis do solo. As serpentes monitoradas foram encontradas em todas visitas, demonstrando a eficácia da técnica. As informações obtidas através da radiotelemetria podem ser extremamente importantes no manejo e controle desta espécie nas áreas invadidas, onde podem representar sérios riscos a saúde pública. Esta iniciativa visa abrir uma nova área de pesquisa, expandir o monitoramento em maior escala, inicialmente explorando os aspectos básicos da ecologia dessa serpente, relacionados com o seu dia-a-dia: uso do espaço, forrageamento e relações com predadores e outras serpentes (intra e inter-específica).
James Aparicio E., Jehan N. Ríos
Agua por conservación: una nueva iniciativa para la implementación de un plan de manejo para la conservación del yacare del Chaco (Caiman Latirostris) en el departamento de Tarija, Bolivia
Resumo:
El yacare del Chaco (Caiman latirostris) esta listado en el Apéndice I de CITES, categorizada en Bolivia como en peligro crítico (CR A1cd) y considerada comercialmente extinta en el país. Las características de los ecosistemas terrestres son influenciadas por la disponibilidad del agua, que es fundamental para la vida humana y sus actividades conexas como la agricultura, la ganadería y el consumo directo. Elaborar un plan de manejo para la conservación del Caiman latirostris en el departamento de Tarija. A través de la evaluación del estado de sus poblaciones silvestres durante las épocas secas 2004 y 2005, entrevistas estructuradas para conocer la problemática de la especie en relación con las actividades antrópicas y reuniones de concertación con las entidades socioeconómicas representativas para elaborar un plan de manejo que rescate sus características particulares y así pueda ser admitido e implementado por ellos. La abundancia promedio de 6,17 individuos/km de orilla y una estructura poblacional propia de especies marginales o sobre explotadas, confirmo el estatus en peligro crítico. Las entrevistas y reuniones con las instituciones gubernamentales y socioeconómicas de los municipios de Villamontes, Yacuiba y Bermejo mostraron que el conflicto más serio entre el yacare y los pobladores esta relacionado con la disponibilidad de los recursos hídricos, debido al uso cada vez mayor de este recurso por los seres humanos y su baja disponibilidad debido a los cambios climáticos. El Plan de Manejo plantea proporcionar recursos hídricos a cambio de la conservación de la especie apoyados por programas de fomento, control municipal y auto monitoreo tanto de la especie como del programa en cada municipio. Sin embargo, este esfuerzo no podrá hacerse realidad si no cuenta con el respaldo económico inicial de las autoridades departamentales y la voluntad política necesaria para apoyar la gestión municipal de este recurso de vida silvestre.
Érika Fernandes Pinto, Nicholas Allain Saraiva
Fauna silvestre associada a buritizais – etnoecologia e conservação em uma região do semi-árido Maranhense
Resumo:
O Município de Paulino Neves situa-se na Meso-região Lençóis Maranhenses, numa zona semiárida de transição entre diferentes biomas. Inclui um mosaico de ecossistemas como praias, restingas, campos de inundação, dunas, manguezais, brejos e cerrado, inserindo-se parcialmenteem três Áreas de Proteção Ambiental. É habitado por uma população rural de aproximadamente oito mil habitantes distribuídos em 132 localidades, que conjugam atividades de lavoura, criação animal, pesca, extrativismo e artesanato, onde destaca-se a utilização da fibra da palmeira buriti (Mauritia flexuosa). Os buritizais ocorrem amplamente na região nas margens dos rios, em várzeas de inundação com solos hidromórficos, ambientes denominados localmente de “brejos”, “vargens” ou “alagadiços”. Sua importância para manutenção dos corpos hídricos e como fonte de produtos para as comunidades locais é amplamente reconhecida. No entanto, pouco se sabe sobre a fauna associada a estes ambientes e sua importância nas cadeias tróficas. Este trabalho objetiva analisar a percepção dos moradores sobre a fauna silvestre associada aos buritizais e suas interfaces com a questão da conservação. As informações foram obtidas através de entrevistas semi-estruturadas com moradores de 12 localidades e por meio de vistorias de campo, realizadas durante a “primeira expedição de reconhecimento sócio-ambiental de Paulino Neves”, que percorreu o interior do município em junho de 2006. Os moradores reconhecem espécies que se alimentam do fruto do buritizeiro, diferenciando aqueles que comem os frutos no cacho - como periquitos, papagaios e morcegos - daqueles que se alimentam dos frutos caídos - exemplo das pacas, ratos, cutias, preás, mucuras e raposas. Identificam espécies que utilizam as palmeiras como abrigo direto e indireto – como mucuras, morcegos e pacas – e aquelas que possuem parte do ciclo de vida associado ao buriti – exemplo das marrecas. Alterações antrópicas foram identificadas em áreas de buritizais e muitas encontram-se degradadas pela sobre-exploração extrativista, formação de roças e realização de queimadas e pelo uso irregular dos locais para aterros e construções. Considerando a importância ecológica dos buritizais na manutenção do ambiente brejoso e como espécies-chave para a fauna local, emergem como prioritárias a construção de programas educação ambiental e manejo participativo voltados para o ordenamento do extrativismo.
Divisão Técnica De Medicina Veterinária E Manejo Da Fauna Silvestre-depave-3/svma/pmsp
Projeto de reintrodução de Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940)
Resumo:
Alouatta guariba clamitans (Cabrera, 1940), é folívoro-frugívoro, endêmico da Mata Atlântica e ameaçado de extinção no Estado de São Paulo. Na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), muitos bugios são resgatados e encaminhados à Divisão de Fauna, onde são manejados e destinados com base no Programa Experimental de Reintrodução de bugios (PER) cujo objetivo é devolver bugios reabilitados a áreas de mata pré-selecionadas. As etapas do PER são a identificação da subespécie pela análise do cariótipo, realização de exames, identificação da procedência e idade, pareamento de animais, seleção de fragmentos de mata para soltura com base no tamanho da área, em estudos florísticos, fitossociológicos, de geoprocessamento e elaboração de dieta com base na ecologia alimentar da espécie. De janeiro de 1993 a maio de 2006 registrou-se a entrada de 124 bugios provenientes da RMSP. Destes 70,2% vieram da Zona Norte, 25,0% da Zona Sul e 4,8% da Zona Oeste. Os indivíduos foram classificados em quatro faixas etárias: Infante-1 (I-1), Infante-2 (I-2), Subadulto (Sa) e Adulto (Ad) com base nos dados de biometria (peso e dentição) e aspecto, alimentação e comportamento.Verificou-se que 59,7% dos bugios eram Ad, 8,1% Sa, 9,7% I-2 e 22,6% I-1. As principais ocorrências foram: estresse ou ferimentos provocados por cães (13,7%); queimadura em fios de alta tensão (12,1%); fraturas de membros ou da cauda (11,3%) e encontro de filhotes (I-1) sem os pais (11,3%). Cerca de 20,2% dos animais apresentaram lesões complicadas por necrose e miíases, e 16,1% não tinham lesões aparentes. Dos 124 bugios recebidos, 37,9% sobreviveram. Dentre os que não sobreviveram 16 chegaram mortos, 21 foram a óbito nas primeiras 72 horas, dez morreram em cativeiro e 30 foram submetidos à eutanásia. Ainda dentre os que sobreviveram, 4% foram para cativeiro, 21,0% foram soltos e 12,1% permanecem na Divisão de Fauna em fase de crescimento, formação de grupos ou adaptação alimentar para integração ao PER. A próxima etapa do PER será aprimorar os procedimentos de recebimento, atendimento clínico e marcação de animais; realizar modificações nos recintos de soltura; implantar monitoramento pós-soltura com radiotelemetria e geoprocessamento; delimitar a área domiciliar da espécie e a ecologia alimentar.
Flavio Nicolás Moschione
Proyecto Calas: un modelo de manejo adaptativo para contribuir a la conservación de especies de psitácidos considerados perjudiciales para la agricultura en la Argentina
Resumo:
En Argentina varias especies de psitácidos interactúan en distinto grado con diversos modelos agrícolas. Si bien son consideradas como perjudiciales para la agricultura en general, mayormente producen impactos de escasas proporciones y temporalmente circunscriptos, en particular en pequeños cultivos artesanales. Sin embargo las estrategias de control por envenenamiento o abatimiento son utilizadas como prácticas comunes. Siendo varias de estas especies susceptibles de ser capturadas vivas y comercializadas como mascotas, se plantea un modelo de extracción por parte de los pobladores locales con dos efectos: provocar la disminución del impacto por disminución y dispersión del número de loros presentes en el área, y resarcirse de daños económicos a través de la comercialización legal de las aves. En distintos sitios del norte argentino se trabaja desde hace cinco años con Aratinga mitrata, A. acuticaudata, Cyanoliseus patagonus, Nandayus nenday y Pionus maximiliani, determinándose densidades y dinámica anual delas bandadas en cada sitio y su impacto en los cultivos. En base a estos datos se autorizan capturas puntuales sobre los cultivos afectados, monitoreando las mismas y posteriormente su efecto sobre las bandadas. Se anillan los ejemplares capturados pudiendo ser seguidos en las distintas etapas de acopio y, siendo la única posibilidad legal de comercialización, se genera un sistema de comercio garantizando las ganancias a los pobladores locales y el aporte a un fondo específico de conservación financiando el seguimiento del plan. Junto a otros proyecto similares intentando generar sistemas de aprovechamientos multidiversos en bosques naturales, este fondo aporta a la creación y mantenimiento de reservas de hábitat. Proyecto Calas induce a la reinterpretación del carácter de perjudicial de estas especies para ser consideradas ahora como un recurso alternativo, genera beneficios para los pobladores que cohabitan con ellas y contribuye a valorizar la conservación de los ambientes naturales tanto en tierras estatales como privadas.