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4. Conservação e preservação


Isabele Matildes Diniz Martins, Igor Andrade Jacinto,  Cristiane Moreira,  Filipe Palhares, Max Mansur Coelho Amaral, Elessandra Cézar Damascena
Corredores ecológicos, estratégia para preservação e conservação


Marco A. Enciso, Lizette Bermúdez
Evaluación de semen en oso andino Tremarctos ornatus (Cuvier, 1825) en cautiverio en el Perú: primeros resultados


Oswaldo De Carvalho Junior
Importância das reservas florestais privadas na conservação da biodiversidade na fronteira agrícola Amazônica


Sonia Gallina Tessaro, Alberto González Romero, Jorge García Burgos
Los cafetales, agroecosistemas en riesgo para la conservacion de mamíferos medianos en México


André De Almeida Cunha, Carlos Eduardo De Viveiros Grelle, Jean Philiphe Boubli
Muriquis (Brachyteles), espécies-de-paisagem para a Mata Atlântica Brasileira?


Rocio Polanco Ochoa, Clara Matallana Tobón, Natalia Arango
Utilización de aves y mamíferos para la identificación de áreas prioritarias de conservación en Colombia


Danilo Dos Martinz Cardoso, Raimundo Nonato De Lima Conceição, Reynaldo Amorim Marinho
Aspectos biológicos, ecológicos e ações de conservação do caranguejo – uçá (Ucides cordatus) no manguezal do rio Cocó, Fortaleza, Ceará


Leus Kristin, Kristel Myriam De Vleeschouwer, Van Elsacker Linda
In-situ e ex-situ componentes definam ações de conservação para Leontopithecus chrysomelas


Jans Huayca Quispe, Natividad Quillahuamán
Manejo de habitat en áreas de uso turistico en base al lobo de rïo (Pteronura Brasiliensis) como especie bioindicadora, Amazonia peruana


Karla Monteiro Paranhos, Cristiana Saddy Martins, Claudio Benedito Valladares-Padua
Simulações para determinação do esforço amostral em estimativas populacionais de espécies raras


Domingo Canales Espinosa, Francisco García Orduña,  Ernesto Rodríguez Luna, Maria Del Socorro Aguilar Cucurachi, Paulo Quintana Morales, Pedro Duarte Dias
Translocação de primatas nativos no México: uma estratégia aplicada de conservação







Isabele Matildes Diniz Martins, Igor Andrade Jacinto,  Cristiane Moreira,  Filipe Palhares, Max Mansur Coelho Amaral, Elessandra Cézar Damascena
Corredores ecológicos, estratégia para preservação e conservação

Resumo:
Um corredor ecológico consiste na interligação de fragmentos de florestas, o qual visa promover o fluxo gênico entre os seres vivos. Desta forma permite a garantia de um maior repertório genético, favorecendo melhor capacidade de adaptação das espécies às adversidades do meio. A interligação desses fragmentos possibilita maior contato entre os indivíduos, promovendo maior chance de troca genética entre os seres envolvidos, ao passo que se essas populações estiverem isoladas as chances desta troca diminuem. A ação antrópica vem crescendo nos últimos séculos e atingindo diretamente a vegetação e os animais, contribuindo assim para a perda da biodiversidade em vários ecossistemas naturais. O aumento da extinção de espécies e o surgimento de hotspots exigem maior estudo e cuidado, que levem ao fornecimento de dados consistentes para evitar que esse processo torne-se contínuo. Este trabalho consiste na pesquisa dos corredores ecológicos existentes no Brasil bem como as prioridades na sua criação, utilizando fontes primárias (revistas, cadernos e sites científicos, devido seu conceito e confiabilidade). O objetivo é relatar as vantagens da implantação dos corredores ecológicos encontrados e demonstrar o crescimento desta estratégia de conservação. Existem diversos projetos de corredores de biodiversidade, como: “Corredor Cerrado-Pantanal”, “Corredor Central da Mata Atlântica”, “Corredor de Biodiversidade da Serra do Mar”, “Corredor do Amapá”, “Corredor do Araguaia”, “Corredor Ecótonos Sul-Amazônicos”, “Corredor Teles Pires” entre outros. A partir dos projetos e artigos encontrados, verificou-se a importância dos corredores ecológicos, pois esses têm por função influenciar na dinâmica do uso sustentável do meio ambiente expressando assim o compromisso de reduzir a fragmentação das florestas, ampliar as unidades de conservação e também apoiar estratégias para a correta utilização dos recursos naturais. Com isso percebeu-se que os corredores ecológicos estão ligados a áreas de interesse ambiental, regiões consideradas de risco ao equilíbrio de biodiversidade que necessitam de um projeto de conservação em áreas críticas e de tensão ecológica nos biomas brasileiros. Por ser uma estratégia que vem dando certo na idéia da conservação, a recuperação e a reconstituição de ambientes naturais têm grande relevância à manutenção e sobrevivência de diversas espécies em seus vários meios.




Marco A. Enciso, Lizette Bermúdez
Evaluación de semen en oso andino Tremarctos ornatus (Cuvier, 1825) en cautiverio en el Perú: primeros resultados

Resumen:
El Oso Andino (Tremarctos ornatus) es el único representante de la familia Ursidae en América del Sur. Está considerado como una especie amenazada, por tal motivo se requieren diferentes estrategias para su conservación, siendo la reproducción asistida una alternativa. Sin embargo es poco lo que se conoce acerca de la fisiología reproductiva de ésta especie, por tanto es necesario el desarrollo de trabajos enfocados al conocimiento de los patrones básicos reproductivos, tales como el estudio de los gametos. En tal sentido, el presente estudio se llevó a cabo para determinar los valores seminales en Oso Andino en cautiverio en Perú. Se colectaron muestras de semen de dos machos adultos de Oso Andino mediante la técnica de electroeyaculación, bajo condiciones de la primera muestra fue de 2.6 ml, 7.0, 45% y 225 x 10 espermatozoides/ml; y para la segunda muestra fue de: 9.5 ml, 6.8, 65% y 810 x 10 espermatozoides/ml, respectivamente. Estos resultados, a pesar de ser en base a un pequeño número de animales, nos proporciona información básica de las características seminales en Oso Andino. Este estudio preliminar nos permite saber que es posible la obtención de gametos masculinos en esta especie, por lo tanto podría ser factible el uso de técnicas de reproducción asistida (ART´s), para la conservación del Oso Andino.




Oswaldo De Carvalho Junior
Importância das reservas florestais privadas na conservação da biodiversidade na fronteira agrícola Amazônica

Resumo:
Na Amazônia brasileira, a área total de reserva legal em propriedades privadas é de aproximadamente 600.000 Km2, três vezes maior que a área de unidades de conservação. Estas áreas são importantes por manterem corredores florestais e proteger os cursos de água, mas não são valorizadas por muitos como importantes na conservação da biodiversidade. No nordeste do estado do Mato Grosso, onde as taxas de desmatamento estão crescendo devido a rápida expansão da agricultura mecanizada e de pastagens, estas áreas serão provavelmente decisivas para a manutenção da biodiversidade local. Para testar este prognóstico, estamos amostrando a abundância e composição das espécies de mamíferos em áreas de florestas ripárias (Áreas de Preservação Permanente) e de terra firme (Reserva Legal) em uma fazenda de soja de 82.000 ha, onde 50% da área ainda se mantém florestada. Na coleta de dados estamos usando câmeras fotográficas automáticas, transectos lineares (censo) e registro de pegadas. Até o presente já amostramos mais de 30 espécies de grandes mamíferos, aproximadamente 80% das espécies esperadas para este habitat, incluindo algumas espécies ainda não observadas com distribuição tão ao sul da Amazônia, como o macaco aranha (Ateles marginatus). Nas áreas de floresta ripária Tapirus terrestris (anta) e Agouti paca (paca) foram as espécies mais abundantes, enquanto Cebus apella (macaco-prego) e Tayassu tajacu (caititu) foram os mais abundantes nas áreas de florestas de terra firme. Assim, estas áreas de reservas privadas se mostram com um grande potencial na conservação da biodiversidade local e devem ser consideradas nas estratégias regionais de conservação.




Sonia Gallina Tessaro, Alberto González Romero, Jorge García Burgos
Los cafetales, agroecosistemas en riesgo para la conservacion de mamíferos medianos en México

Resumen:
El agrosistema cafetalero representa la actividad económica más importante de la región centro de Veracruz, México, aunque por los bajos precios en el mercado, se ha visto acelerada su transformación a cultivos de caña o a la expansión de zonas urbanas. Esto ha puesto en riesgo a la fauna, sobre todo la de mamíferos medianos, dados sus requerimientos ecológicos. El reto es tratar de compaginar sistemas productivos y la conservación de la biodiversidad, que en este caso es la comunidad de mamíferos medianos. El cafetal necesita árboles de sombra, que son especies introducidas, que en esta zona han substituído las nativas del bosque mesófilo de montaña, sin embargo, muchas de ellas producen frutos que pueden ser utilizados por la fauna, por lo que se considera uno de los cultivos menos agresivos y con mayores posibilidades de conservación. Desde el 2002, se han registrado los mamíferos utilizando trampas Tomahawk, rastros, cámarastrampa, encuestas con los locales, en 9 fincas cafetaleras del centro de Veracruz. Los animales se clasificaron por el tipo de locomoción y por los hábitos alimentarios. En total se han registrado 21 especies de mamíferos medianos, variando en las fincas de 19 a 5 especies. Las especies mayormente distribuidas son: Didelphis marsupiales, Dasypus novemcinctus, Sylvilagus floridanus y Urocyon cinereoargenteus. De las especies raras están Tamandua mexicana, Galictis vittata y Felis yagouaroundi. La diversidad varió de 0.95 a 1.99, y el número de gremios varió de tres a once. Las mejor representadas fueron las especies de hábitos terrestres (hasta 57%) y en cuanto al tipo de forrajeo, los frugívoros-omnívoros (71.4%). Los cafetales que fueron más ricos y diversos en especies presentaron un estrato arbóreo más diverso y están localizados cercanos a barrancas.




André De Almeida Cunha, Carlos Eduardo De Viveiros Grelle, Jean Philiphe Boubli
Muriquis (Brachyteles), espécies-de-paisagem para a Mata Atlântica Brasileira?

Resumo:
Atualmente, acredita-se que estratégias para conservação da biodiversidade focadas em espéciesúnicas são abordagens equivocadas para a conservação das demais espécies e do ecossistema como um todo. Desta forma, são necessárias estratégias em nível regional enfocando a conservação de espécies, dos processos ecossistêmicos e da heterogeneidade ambiental, assegurando a conservação da biodiversidade e de toda paisagem. Neste contexto, surgiu a abordagem de espécies-de-paisagem, na qual um planejamento para conservação baseado em poucas espécies com requerimentos grandes de área, ambientes heterogêneos e com influência significativa na estrutura e função do ecossistema seria eficaz para conservação da biodiversidade e da paisagem. Embora promissora, esta abordagem requer dados detalhados sobre ecologia e uso da paisagem pelas espécies candidatas à espécie-de-paisagem. Estes dados são praticamente inexistentes para diversas espécies candidatas habitando paisagens e/ou biomas intensamente ameaçados pelo crescimento da população humana, como a Mata Atlântica. Então, como colocar em prática esta abordagem para conservação da biodiversidade da Mata Atlântica? Neste trabalho, propomos, além da pesquisa em potenciais espécies candidatas à espécie-depaisagem, focarmos o planejamento para conservação de paisagens baseados nos requerimentos das espécies candidatas com dados disponíveis, como os muriquis (Brachyteles arachnoides e B. hypoxanthus) e outras espécies complementares. A princípio, os muriquis preenchem os requisitos de espécie-de-paisagem, baseados em requerimentos de área, heterogeneidade, vulnerabilidade, funções ecológicas e importância socioeconômica. Adicionalmente, possuem outros atributos que indicam sua eficácia como ferramenta no planejamento regional para conservação, já que são espécies-bandeira (os maiores primatas das Américas e endêmicos da Mata Atlântica), espéciesguarda-chuva, possíveis espécies-chave, indicadoras de saúde ambiental, e apresentam comportamento social afiliativo, símbolo para educação e sensibilização para conservação, enfatizando a cooperação individual para o bem-estar coletivo e para conservação da biodiversidade. Dentre as potenciais espécies candidatas, os muriquis dispõem de maior volume de dados requeridos nesta abordagem. A distribuição atual dos muriquis é bem conhecida, engloba os maiores e mais importantes remanescentes da Mata Atlântica brasileira. Adicionalmente, existem programas de longo-prazo em andamento sobre monitoramento e conservação de diversas populações. Portanto, acreditamos na eficácia dos muriquis como uma das espécie-depaisagem para Mata Atlântica brasileira.




Rocio Polanco Ochoa, Clara Matallana Tobón, Natalia Arango
Utilización de aves y mamíferos para la identificación de áreas prioritarias de conservación en Colombia

Resumen:
Dentro de un proceso de planificación sistemática para la conservación en el departamento del Valle del Cauca, realizamos la identificación de algunas especies importantes para la selección de áreas protegidas. Entre 766 especies de aves y 141 de mamíferos con presencia comprobada en la zona, preseleccionamos 90 y 42 respectivamente. Los criterios utilizados para la preselección incluyeron especies en peligro (UICN), sombrilla, de rango restringido, endémicas para el departamento, con requerimientos ecológicos dependientes de humedales y de importancia ecológica identificada. De las 132 especies preseleccionadas iniciamos la búsqueda de registros, información de requerimientos ecológicos y estudios poblacionales previos; uno de los factores limitantes fue el bajo número de registros encontrado para cada especie. Con base en la información encontrada realizamos una nueva selección con el fin de identificar 30 especies para continuar el proceso. En la actualidad se están realizando mapas de distribución potencial para cada una de las 30 especies seleccionadas. Las áreas de distribución potencial se contrastarán con datos de campo y con el mapa de ecosistemas actuales, con el fin de determinar cuáles áreas poseen más posibilidades de mantener poblaciones mínimas viables de cada especie. Finalmente esperamos encontrar una serie de áreas cuya conservación consideramos necesaria para el mantenimiento de las especies seleccionadas y a través de ellas de la biodiversidad del departamento. Los resultados serán entregados a la autoridad ambiental del departamento con el fin de que las recomendaciones sean tenidas en cuenta en la planeación de la región.




Danilo Dos Martinz Cardoso, Raimundo Nonato De Lima Conceição, Reynaldo Amorim Marinho
Aspectos biológicos, ecológicos e ações de conservação do caranguejo – uçá (Ucides cordatus) no manguezal do rio Cocó, Fortaleza, Ceará

Resumo:
Neste trabalho foram analisados os aspectos biológicos, ecológicos e apresentadas algumas ações de manejo para a pesca do caranguejo uçá (Ucides cordatus) no manguezal do rio Cocó, localizado no município de Fortaleza. Para a realização do trabalho foi selecionada uma área de 6000 m2 na região de Sabiaguaba próxima à foz do rio, divida em parcelas de 100 m2, onde foram escolhidas de forma aleatória seis, em uma freqüência mensal, durante um período de seis meses, de dezembro de dois mil e cinco a maio de dois mil e seis. Nessas parcelas foram, realizadas lançamentos aleatórios (método dos quadrados), no total de seis por parcela, medindo cada um 1m2 para a contagem de tocas. Para a realização das coletas dos espécimes estudados, foi utilizado o auxílio de um catador de caranguejo (método do braceamento), com experiência de mais de vinte anos na área a ser estudada. Foram analisadas nos indivíduos coletados as seguintes medidas biométricas: largura da carapaça (Lc), comprimento da carapaça (Cc), e peso do indivíduo. Também foram realizadas a sexagem dos espécimes. Foram amostrados 386 indivíduos nesse período. Posteriormente ao término da biometria os caranguejos foram devolvidos ao manguezal. A largura média da carapaça foi de 5,57 cm , sendo o indivídio com a maior Lc um macho com 7,44 cm e o de menor Lc um macho com 2,82 cm. O comprimento médio da carapaça foi de 4,0 cm, sendo o indivíduo de maior Cc um macho com 5,67cm e o de menor Cc um macho com 20,65 cm. O peso médio foi de 81,95 g, sendo o indivíduo de maior peso um macho com 202 g e o de menor peso um macho com 10 g. O sexo de maior proporção coletado foi o de indivíduos machos. A proporção macho fêmea foi de 1 macho : 0,54 fêmea. A densidade média de tocas na região estudada foi de 2,3 indivíduos por m2.




Leus Kristin, Kristel Myriam De Vleeschouwer, Van Elsacker Linda
In-situ e ex-situ componentes definam ações de conservação para Leontopithecus chrysomelas

Resumo:
O mico-leão de cara dourada (Leontopithecus chrysomelas, MLCD) é uma espécie ameaçada, endêmica da Mata Atlântica. A fragmentação e destruição do seu habitat natural são os motivos principais para o seu desaparecimento. O MLCD é o foco de ações conservacionistas intensivas, tanto in situ quanto ex situ, os quais estão sendo monitorados pelo Comitê Internacional para a Conservação e Manejo dos Micos-leões, um orgão consultativo para IBAMA. Estudos científicos sobre a ecologia e o comportamento da espécie no seu habitat natural sirvam como base para elaborar medidas de conservação para a espécie. A situação da população in situ, e ações de conservação recomendadas para ela, têm implicações para o manejo da população ex situ. MLCDs tem uma área de distribuição de mais de 19,000 /km2, porém com poucas áreas protegidas. Existem populações em dois tipos de vegetação diferentes (floresta litoral húmida, e floresta semidecidual no interior), e com diferentes graus de fragmentação e perturbação. Dados ecológicos dos diferentes sítios de pesquisa sugiram diferenças entre populações de habitats fragmentados e as de habitats mais conservados, e entre populações em diferentes tipos de vegetação. Este fato chama cautela contra simples generalização de dados de um sítio de pesquisa para outras áreas, e indica a necessidade de elaborar ações conservacionistas específicas dependendo da região. Além disso, resultados de levantamentos sugiram que, ao contrário a outros espécies de mico-leões, o número de MLCDs na natureza poderia ser relativamente alto ainda. Consequentemente, medidas de conservação se dirigam mais para a proteção do habitat restando, e a reintrodução de animais do captiveiro atualmente não é considerado uma estratégia desejada. Portanto, por enquanto, a população dos MLCDs em captiveiro tem principalmente um papel educacional e de "back-up", em vez de servir como fonte de animais para reintroduções. Devido a limitações de espaço em captiveiro e a entrada contínua de animais confiscados, é preciso um número estável de MLCDs em captiveiro, através de ummanejo de reprodução restrita e controlada, conforme princípios genticos e demograficos.




Jans Huayca Quispe, Natividad Quillahuamán
Manejo de habitat en áreas de uso turistico en base al lobo de rïo (Pteronura Brasiliensis) como especie bioindicadora, Amazonia peruana

Resumen:
Las actividades turísticas en la Amazonía del sureste peruano se han desarrollado desde los años 1970s, iniciándose con dos establecimientos de hospedaje y llegando a más de 30 actualmente. Estas experiencias turísticas están en función a la observación de fauna, caminatas, paisajismo y recreación, entre otros; y se desarrollan en ecosistemas claves para la viabilidad de especies en peligro de extinción, como el lobo de río (Pteronura brasiliensis). Los Planes de Sitio de Área Turística y Recreativa (PSAT) son un excelente instrumento para minimizar el impacto negativo de las actividades turísticas en hábitats frágiles, y constan de dos partes fundamentales: la Microzonificación, que divide el área en tres zonas de uso turístico, y las Líneas de Acción e Instrumentos de Gestión, resultantes de la estrecha participación de los actores de la actividad turística con el objetivo de elaborar soluciones concretas a problemas específicos en las zonas turísticas de las Áreas Naturales Protegidas. Ya han pasado dos años desde la implementación del primer PSAT del Perú, en el Lago Sandoval (Reserva Nacional Tambopata); para luego implementarse, hace un año, el del Parque Nacional Manu. Así mismo, durante este año se iniciará la elaboración del PAST de la Reserva Comunal Amaraeki. Los principales resultados del manejo de estos hábitats son: el éxito reproductivo de la especie (3 a 10 individuos entre 2003 y 2005), el aumento de la frecuencia de su avistamiento por grupos turísticos (de 30.5% a 62.0% entre 2003 y 2005), la sensibilización de la población local con relación a la especie, y la aplicación de metodologías estandarizadas de monitoreo de impactos negativos de la actividad turística. El trabajo de manejo de los hábitats del lobo de río ha traído como consecuencia un ambiente más saludable para las poblaciones viables de la especie en el sureste del Perú, siendo además beneficioso para tour operadores y poblaciones locales. El recurso lobo de río como atractivo turístico se vuelve entonces sostenible, lo que origina a su vez una mayor capacidad de gestión por parte de las autoridades al tener actores sociales más sensibles a las medidas de conservación y manejo.




Karla Monteiro Paranhos, Cristiana Saddy Martins, Claudio Benedito Valladares-Padua
Simulações para determinação do esforço amostral em estimativas populacionais de espécies raras

Resumo:
Informações sobre densidade e variações demográficas de uma espécie, especialmente de uma espécie ameaçada são o ponto de partida para se elaborar estratégias conservacionistas mais adequadas e eficazes. Neste sentido, é fundamental que essas informações sejam o mais acuradas possível. No entanto, para espécies raras, essa acurácia fica comprometida, devido ao pequeno tamanho amostral, normalmente encontrado. O censo populacional desenvolvido para o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) no Parque Estadual Morro do Diabo, que apresentou uma estimativa populacional de 0.034 ind/ha (95% I.C 0,018 a 0,065 ind/ha) foi usado como base para o desenvolvimento de simulações que visam averiguar as relações existentes entre esforço amostral, detectabilidade, precisão e acurácia das estimativas populacionais feitas através da metodologia de Transecções Lineares. As simulações foram baseadas no sistema de aleatorização de Monte Carlo e desenvolvidos com auxílio do programa estatístico JUMP 5.0.1. Foi estabelecido um grid virtual de pontos de tamanho correspondente à área amostrada no censo, onde um ponto X,Y era escolhido aleatoriamente. Em seguida uma matriz determinava a probabilidade dos pontos X, Y estarem juntos dentro dessa área, representando um avistamento. A densidade era então calculada como uma proporção da área amostrada. Foram criadas simulações onde se variou o tamanho real da população e o esforço amostral utilizado. As análises das simulações foram feitas através de regressão linear. Analisando a variação proveniente das simulações nota-se que a variância aumenta com o tamanho da população e é maior quando a área amostrada é pequena. Por outro lado, a variação das estimativas diminui com o aumento do esforço amostral e tende a ser menor quando o tamanho populacional é pequeno. Esses resultados indicam que em espécies raras, para que as variações de tamanho sejam percebidas é necessário um grande esforço amostral para se obter o número adequado de avistamentos. Dessa maneira, o método de Transecções Lineares, pela baixa precisão que apresenta não é recomendado como única forma de monitoramento para espécies raras.




Domingo Canales Espinosa, Francisco García Orduña,  Ernesto Rodríguez Luna, Maria Del Socorro Aguilar Cucurachi, Paulo Quintana Morales, Pedro Duarte Dias
Translocação de primatas nativos no México: uma estratégia aplicada de conservação

Resumo:
A Universidad Veracruzana, México, fundou um grupo de investigação que nos últimos dezoito anos tem dedicado os seus esforços à aplicação de técnicas activas de conservação, como são as translocações. Através do Instituto de Neuroetología empresas paraestatais, associações civis, e particulares estabeleceram acordos com a Universidad Veracruzana e financiaram projectos de salvamento (translocações) de primatas. Nesta conferência apresentamos os resultados de translocações de primatas de áreas extremamente fragmentadas para áreas naturais protegidas, como reservas ecológicas privadas, unidades de utilização sustentável dos recursos (UMAS da abreviação em Espanhol), jardins botânicos, e pequenas propriedades. De 1987 a 2005 translocaram-se 55 indivíduos de Alouatta palliata mexicana (pertencentes a 11 grupos), 18 Ateles geoffroyi yucatanensis (um grupo), e 30 Alouatta pigra (cinco grupos); estes grupos foram acompanhados no período pós-translocação, durante o qual se realizaram estudos comportamentais, fisiológicos, e ecológicos para avaliar as implicações em termos de conservação destes projectos. Este tipo de técnicas de conservação permite não só preservar as populações de primatas, mas também as áreas em que estas são libertadas. Por outro lado, estas actividades oferecem oportunidades excepcionais para a formação de recursos humanos especializados. Por toda a zona sueste do México (estados de Veracruz, Campeche, Quintana Roo e Yucatán) os programas de translocação têm permitido conservar populações naturais de primatas e áreas prioritárias de conservação, assim como treinar estudantes do México e outros paises. Por último, deve ainda ser destacado que através destes projectos de translocação se têm feito importantes contribuições para o conhecimento da biologia das três espécies de primatas nativas do México.