6. Critérios e indicadores para o manejo sustentável de fauna.


Marciente, R.; Calouro, A. M.
ANÁLISE DA PRESSÃO DE CAÇA SOBRE MAMÍFEROS DO SERINGAL SÃO FRANCISCO DO ESPALHA

Guilherme Martinez Freire, Thayna Machado, Ronis da Silveira, Carlos Augusto Rodrigues do Nascimento, Adriana Kulaif Terra
BIOMETRIA E RENDIMENTO DE CARCAÇA DE DUAS ESPÉCIES DE PODOCNEMIS COMO SUBSÍDIO A CONSERVAÇÃO E MANEJO DE QUELÔNIOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Andreza dos Santos Oliveira, Káren Lorena Lôbo Prado, Carlos Edwar de Carvalho Freitas
ASSEMBLÉIA DE PEIXES ASSOCIADAS ÀS MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM LAGOS DE VÁRZEA NA AMAZÔNIA

Ribeiro, V. M.; Portela, MC.
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PACAS(AGOUTI PACA) NASCIDAS EM CATIVEIRO-PROJETO CABOCLINHO DA MATA

Martha E. Rengifo Pinedo, Darvin Navarro Torres, Jesús Gamarra Ramírez, Aura Luz Rengifo Molina, Luís Campos Baca
CRIANZA COMERCIAL DE MAJAZ Y SAJINO EN LA AMAZONÍA PERUANA (FORTALEZAS, OPORTUNIDADES, DEBILIDADES Y AMENAZAS)

 

 

 

 

Marciente, R.; Calouro, A. M.
ANÁLISE DA PRESSÃO DE CAÇA SOBRE MAMÍFEROS DO SERINGAL SÃO FRANCISCO DO ESPALHA

Resumo:
A maioria das pesquisas abordando mamíferos no Vale do Acre teve o objetivo de avaliar os efeitos da caça sobre espécies de médio e grande porte em maciços florestais ocupados por populações de extrativistas ou grandes fragmentos florestais cercados por Projetos de Assentamento. Nesse contexto, o presente trabalho teve como finalidade realizar um levantamento de mamíferos em uma área do município de Rio Branco onde a atividade antrópica fosse mínima e a estrutura da comunidade de mamíferos de médio e grande porte estivesse, em princípio, preservada. As atividades foram conduzidas de 19 a 24 de setembro de 2007, através de um questionário com ilustrações de mamíferos aplicado junto a 22 famílias (um morador por família) do Seringal São Francisco do Espalha (SSFE). Essa área tem 29.645,98 ha (10º12’00”S, 68º47’00”W) na qual vivem 163 moradores (0,54 indiv./km2). As entrevistas buscaram levantar quais as principais espécies caçadas, bem como, a última observação realizada de espécies indicadoras da qualidade dos habitats, como grandes predadores. Entre esses se destacam a onçapintada Panthera onca e a onça-vermelha Puma concolor, confirmadas por 9% e 14% dos entrevistados, respectivamente. Vale ressaltar que todos os grandes felinos observados foram abatidos pelos moradores, o que está relacionado ao conflito gerado pelo ataque aos animais de criação. O veado-capoeiro Mazama americana (91%), o porquinho Pecari tajacu (82%), o queixada Tayassu pecari (77%), a anta Tapirus terretris (73%), o guariba Alouatta seniculus (73%), a paca Agouti paca (91%) e a cutia Dasyprocta fuliginosa (73%), foram os mamíferos mais caçados, conforme as porcentagens de afirmativas apresentadas. Vale ressaltar que a maioria das respostas indica que a atividade de caça é freqüente, ocorrendo a menos de um mês da realização do questionário. O tatu-canastra Priodontes maximus, cuja ocorrência foi confirmada na área, não foi citado como caçado pelos moradores, o que indica tabu alimentar. Por fim, baseado na dificuldade de acesso e na densidade humana existente, a pressão de caça no SSFE provavelmente se encontra em um nível considerado baixo. No entanto a seletividade da caça, concentrada nas colocações à margem do Igarapé São Francisco do Espalha, com 70% dos moradores, evidencia que a avaliação periódica da pressão de caça deve ser considerada essencial e poderá ser realizada pelos próprios moradores do SSFE, mediante treinamento prévio. Isso evitará a extinção local de espécies, como é o caso do macaco-preto Ateles chamek, avistado e abatido pela última vez há 15 anos no SSFE.




Guilherme Martinez Freire, Thayna Machado, Ronis da Silveira, Carlos Augusto Rodrigues do Nascimento, Adriana Kulaif Terra
BIOMETRIA E RENDIMENTO DE CARCAÇA DE DUAS ESPÉCIES DE PODOCNEMIS COMO SUBSÍDIO A CONSERVAÇÃO E MANEJO DE QUELÔNIOS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA

Resumo:
A criação da tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e do tracajá (Podocnemis unifilis) para produção de proteína animal é autorizada no Brasil (Instrução Normativa IBAMA 169 de 20 de Fevereiro de 2003). Somente no Estado do Amazonas existem aproximadamente 80 criadouros comerciais destas espécies, mas as bases técnicocientíficas para a cadeia produtiva do setor ainda são incipientes. Os nossos objetivos neste projeto foram estudar as relações entre as dimensões morfológicas do casco, entre a massa total e a massa de carne produzida, e estimar o rendimento de carcaça em função das variáveis morfológicas do casco de ambas as espécies. As 32 P. expansa analisadas foram oriundas de três criadouros, mas nós não obtivemos P. unifilis de criadouros comerciais. Os 22 P. unifilis analisados foram oriundos da natureza, sendo que quatro destes foram apreendidos pelo IBAMA em uma feira livre de Manaus e os demais foram por nós capturados na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu- Purus, localizada no baixo Rio Purus. Após a morfometria, os indivíduos foram devidamente abatidos e carneados pela equipe técnica do Projeto Bajaquel. O comprimento e largura da carapaça, comprimento e largura do plastrão e altura do casco foram altamente correlacionados (r > 0,9) em ambas as espécies. A relação entre a massa corporal (MC) e a massa de carne produzida (MCP) foi significativa para P. expansa (r2 = 0,962, F1,30 = 767,92, P < 0,001) e para P. unifilis (r2 = 0,947, F1,20 = 356,043, P < 0,00), e foram descritas pelos seguintes modelos de regressão: MCP = - 0,13+0,419*MC e MCP = -0,047+0,3*MC, para P. expansa e P. unifilis, respectivamente. Não ocorreu regressão entre as variáveis morfológicas mensuradas em ambas as espécies. O rendimento de carcaça de P. expansa variou de 25 a 48% (média = 37,5 ± 4,3), e o de P. unifilis de 23 a 38% (média = 29 ± 3,5). Dentro de tamanhos comparáveis, o rendimento de carcaça diferiu entre as espécies (t = 6,946, P< 0,000). A não padronização do cálculo do rendimento de carcaça entre os diferentes autores não permitiu a comparação direta com outros estudos.




Andreza dos Santos Oliveira, Káren Lorena Lôbo Prado, Carlos Edwar de Carvalho Freitas
ASSEMBLÉIA DE PEIXES ASSOCIADAS ÀS MACRÓFITAS AQUÁTICAS EM LAGOS DE VÁRZEA NA AMAZÔNIA

Resumo:
Diversos estudos confirmam o papel das macrófitas aquáticas como importante habitat para diversas espécies de peixes por funcionarem como abrigo e por disponibilizarem grande quantidade de alimento. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a ictiofauna associada às macrófitas aquáticas em lagos de várzea do rio Solimões. O estudo foi realizado em cinco lagos de várzea: Baixio, Preto, Iauara, Araçá e Maracá, localizados nas margens do rio Solimões, Estado do Amazonas, Brasil. As coletas foram feitas no período de vazante (Setembro de 2007) em bancos de macrófitas compostos pelo capim flutuante Paspalum repens e em bancos mistos (associação de várias espécies de macrófitas). Os peixes foram coletados com auxílio de uma rede de cerco, medindo 20x2m, com malha de 5mm entre nós opostos. Foram realizadas quatro amostras por lago: duas em bancos de capim flutuante e duas em bancos mistos. No total, foram capturados 1244 indivíduos, distribuídos em 5 ordens, 13 famílias, 50 gêneros e 90 espécies. A ordem Characiformes apresentou a maior riqueza, com um total de 55 espécies. A espécie mais abundante foi Cichlasoma amazonarum (Cichlidae, Perciformes) que apresentou maior abundância, correspondendo a 13,26% do total de indivíduos capturados. A abundância foi significativamente maior nos bancos misto (F=11,87; p=0,002, 944 indivíduos). Não foram observadas diferenças significativas (p>0,05) no número de espécies. A diversidade (Índice de Shannon) de peixes também foi maior em bancos mistos (3,22), já para bancos de capim flutuante o valor obtido foi de 3,16. Devido às características das assembléias de macrófitas nos lagos estudados, a maior complexidade estrutural dos bancos mistos, inclusive com a presença de Paspalum repens (capim flutuante), é o fator chave, já mencionado por outros autores, para explicar a maior abundância e riqueza de espécies nestes habitats. É importante mencionar que habitats são de importância fundamental para os estoques de peixes da região amazônica, principalmente por abrigarem muitas espécies de valor comercial na região durante a fase inicial de seu ciclo de vida.




Ribeiro, V. M.; Portela, MC.
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DE PACAS(AGOUTI PACA) NASCIDAS EM CATIVEIRO-PROJETO CABOCLINHO DA MATA

Resumo:
O Projeto de criação e pesquisa de animais silvestres, Caboclinho da Mata é desenvolvido na Fazenda Experimental Catuaba, pertencente a Universidade Federal do Acre, situada no município de Senador Guiomard Acre. Com o objetivo de se avaliar dados zootécnicos como: média de peso ao nascer, média de ganho de peso diário durante o primeiro mês, peso na desmama e ganho de peso mensal até 6 meses de idade de pacas nascidas no criatório, que receberam uma dieta baseada em frutas, tubérculos e verduras além de sal mineral à vontade, 58 crias provenientes de 20 matrizes alocadas em 10 baias (numa proporção de duas fêmeas para cada macho), durante um período de dois anos foram pesados ao nascer, dia sim dia não até completar 1 mês, por ocasião da desmama e mensalmente até os 6 meses. Após a desmama, os animais eram levados a uma baia comum denominada baia de socialização. Os dados obtidos foram anotados em planilha do EXCEL onde as Médias e Desvio Padrão (DP) foram obtidos. Dos 58 animais nascidos no criatório, a média de peso ao nascer foi de 803,0g com DP= 95,0g, sendo 1000g como maior peso e 600g como menor peso registrado. O ganho de peso diário no primeiro mês foi 64,1g com DP=70,9g. A média de ganho de peso no primeiro mês foi de 850g, com DP= 285,5g com valor médio de peso ao desmame de 1652,6g, com DP=309,8g. No segundo com 179,4, DP= 263,8; no terceiro com 270,5g com DP= 338,5; quarto 338,2g, DP= 337,0; quinto mês com 428,5g e DP= 363,4g e do sexto mês com 408,9g, DP=433,2g. A perda de peso observada no segundo mês de vida (recuperada a partir do terceiro), provavelmente deve-se ao stress provocado pela desmama, acondicionamento a novos alimentos e nova baia onde estes animais passam a conviver com até cinco indivíduos em mesma situação, uma vez que, a quantidade e qualidade dos alimentos ofertados eram correspondentes ao número de animais na baia. Verificou-se, entretanto que quanto menor o número de indivíduos por baia menor a perda.




Martha E. Rengifo Pinedo, Darvin Navarro Torres, Jesús Gamarra Ramírez, Aura Luz Rengifo Molina, Luís Campos Baca
CRIANZA COMERCIAL DE MAJAZ Y SAJINO EN LA AMAZONÍA PERUANA (FORTALEZAS, OPORTUNIDADES, DEBILIDADES Y AMENAZAS)

Resumen:
La crianza comercial de majaz (Cuniculus paca) y sajino (Tayassu tajacu) desde el punto de vista legal es aun una utopía. En la actualidad, a nivel del Perú, solo se tiene en forma oficial lo correspondiente a caza de subsistencia y a cuotas de comercialización de productos de caza. El tema de explotación comercial oficialmente manejado, no es un tema prioritario como política de país (se continúa discutiendo otras prioridades). Sin embargo, la Universidad Nacional de la Amazonia Peruana ha venido realizando estudios de crianza y domesticación de ambas especies a nivel de cría comercial y familiar ambos con el interés de desarrollar una actividad productiva a mayor y menor escala. Para ello se trabajó los parámetros técnicos obtenidos en el zoocriadero de la UNAP "Centro Piloto de Zoocria para la amazonia" en la Región Loreto- PERU y en las instalaciones de cría familiar de pobladores en la Región Loreto.

Para la obtención de los resultados se sistematizo lo obtenido en la experiencia de la sensibilización, capacitación, monitoreo y evaluación de la cría a nivel zoocriadero- UNAP y de la cría familiar realizando un diagnostico FODA para ambas actividades. Concluyéndose en lo siguiente: La fortaleza de la cría de majaz y sajino es su viabilidad técnica – económica y ambiental. Presentándose de esta manera la oportunidad de ofertar al mundo un nuevo producto cárnico de alta calidad nutritiva. La debilidad más alta observada fue la cultural tanto a nivel de empresa y a nivel criador, solo se viene trabajando en base a cuotas de extracción de los bosques al igual que los pobladores de la Amazonia Peruana, solo recolectores y cazadores. Además la ausencia del estado en el fomento de actividades productivas no tradicionales basadas en las potencialidades del manejo de los recursos naturales y específicamente de la fauna silvestre amazónica, ha sido identificado como otra gran debilidad. Asimismo, la mayor amenaza que tiene el empresario exportador de pieles de sajino es el cierre de la CITES para exportar pieles de áreas no manejadas y de los que comercializan la carne de majaz y sajino en la amazonia es el cierre de este rubro, pues implica un aproximado de 07 canales de omercialización u actividad económica que sostiene un aproximado de 20 familias involucradas en cada poblado desde el cazador hasta la casa de acopio de las pieles o de carne en la ciudad de Iquitos.